terça-feira, 30 de junho de 2009

Cada vez mais (final)

Eu fui além das minhas expectativas. Nunca pensei ser capaz de chorar tanto. Isso era...era...Cara, isso era algo que eu não conseguiria aguentar. Seria demais. Eu ainda conhecia meus limites, e isso ultrapassaria todos eles.
-Ele vai morrer.
Isso foi a última coisa que eu lembro ter sido pronunciada por mim. Depois acordei deitada na minha cama e ele estava sentando ao meu lado. Não deixei ele perceber que eu havia acordado, queria entender o que ele ainda fazia ali. Percebi que ele estava totalmente concentrado em cada movimento que eu fazia, talvez com medo de que alguma coisa acontecesse comigo. Acho que ele atribuiria a culpa a ele mesmo. Era hora de 'acordar'.
-Que horas são ?
-Ah, você acordou. Pensei que ficaria desmaiada por mais um bom tempo. Mas se ficasse, eu a levaria ao hospital, e sei que você não iria gostar disso.
-Não, não mesmo.
-Você dormiu por quatro horas, eu acho.
-E você ficou aqui todo esse tempo?
-Sim, fiquei. Eu não seria louco a ponto de te deixar sozinha aqui, no estado em que você estava.
-Perdi quatro horas dormindo sendo que poderia estar ao lado do se irmão. Por favor, me leve para sua casa. Eu preciso vê-lo.
-Isso não seria bom para nenhum de vocês dois.
-Por favor...
Ele concordou com meu pedido. Estava com pena de mim, pude ver isso em seus olhos. Olhei no relógio, três horas da manhã. Não era o horário mais propício a uma visita, mas as horas, o tempo, não andavam a meu favor. Tinha que ser agora. Troquei de roupa, o mais rapidamente possível. Quando desci, ele já me esperava na porta do seu carro.
Foi a viagem mais longa que eu fiz em toda a minha vida. O trajeto, medido em horas, era de pouco menos de quinze minutos. Mas o tempo podia ser comparado a uma viagem de duas horas. Piscicologicamente, já eram seis horas perdidas.
Finalmente chegamos. Apenas a luz do quarto dele estava acessa. Ele ainda estava acordado. Ou já...Não importava.
Fui correndo para o quarto dele. Não fazia a mínima ideia de qual seria a reação dele, nem mesmo a minha.
A porta estava encostada, o computador ligado, tudo exatamente igual a duas semanas atrás.
-Agora eu sei de tudo.
-Sabe de tudo? Tudo o que? O que você estava fazendo aqui? A essa hora?
-Seu irmão me contou o que você tem. Eu precisava te ver. Não sei até quando vou poder te ver. -as lágrimas foram tomando conta de mim. Talvez eu seja mesmo uma emo e ainda não sei...
Ele me abraçou muito forte. E começou a chorar junto comigo. Droga, droga, era verdade. Ele estava mesmo doente. Ele iria morrer.
-Eu não queria te machucar ainda mais. Eu te conheço, achei que essa seria a melhor saída. Para você. Para mim as coisas já estão no fim. Logo logo tudo vai acabar.
-Por favor não fale assim. Ainda temos algum tempo, e por mais curto que ele seja, podemos aproveitá-lo da maneira que quisermos.
-E depois? Eu vou morrer, será que você não entende?
-NÃO, EU NÃO CONSIGO ENTENDER. E será que você também não entende que eu te amo, além de tudo, e que nem a morte vai mudar isso?
-Você diz isso. Você vai achar outra pessoa que vai me substituir, e vai ser capaz de te fazer bem. Coisa que eu nunca consegui fazer.
-Não, ninguém vai te substituir. Acredite em mim, pelo menos uma vez. Você é muito mais que um ser humano que erra, que acerta. Você é em quem eu achei razão para viver. Você se tornou uma parte de mim, e nada vai mudar isso. Nem ninguém, nem nunca!
-Eu também te amo. Muito, vai além de tudo e todos. Você nunca será capaz de ter a mínima ideia. É mais que o infinito.
-E você ainda diz que alguém vai ter a capacidade de te substituir.
-Quer saber? Vamos viver o agora. Todos nós um dia iríamos morrer, a morte não é previsível na maioria dos casos. Eu faço parte de uma exceção. Eu te amo muito, muito, muito, muito, muito, infinitas vezes muito. Enquanto eu continuar respirando, eu te amo, eu te quero, eu preciso de você. Cada vez mais.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Cada vez mais (parte V)

Eu descobri que a minha vida ainda tinha algum sentindo. Mas que ele seria perdido em pouco tempo. Eu não podia fazer nada. Seria como uma parte de mim sendo levada. Como se não houvesse mais luz. Como se a vida virasse preto e branca.

Eu não estava entendendo. O que antes parecia estar fazendo sentido, bagunçou minha cabeça de novo. Como assim ? Milhões de possibilidades consideradas 'estranhas' para pessoas 'normais' passaram pela minha cabeça. Mas nenhuma delas chegou perto do que eu ouvi.
-Por favor, me explique melhor. - eu estava sendo o mais sincera possível - Por que você veio aqui ?
-As coisas, na maneira e no tempo que aconteceram...Não fazem algum sentido para você ?
-Sinceramente? Não. Nenhum.
-Olha, você foi ao shopping com seus amigos, e o encontrou lá, por 'coincidência'.
A forma com que ele pronunciou a última palavra me vez interrompê-lo.
-Você quer dizer que não houve coincidência nenhuma? Que ele fez de propósito, para mim saber que ela esta bem, esta namorando, e me deixar pior ainda?
-Não, não é isso. Em primeiro lugar, você é a coisa mais importante na vida dele.
-Então, se é assim, por que ele me disse tudo aquilo? Por que ele me fez sofrer? Por que ele esta com outra, e não comigo ?
-Não existe outra.
Nada mais fazia sentido. Eu estava em um pesadelo ou isso era real ?
-Como não existe outra ? E a namorada dele ?
-Ele não esta namorando. Você a viu ?
-É..não. Mas isso não significa que ela não exista.
-Preste bem atenção, a história talvez seja um pouco complicada. Ele te deu algum motivo por estar terminando com você ?
-Não.
-O que você acha que seja?
-Ele me odiar. Alguém ter dito alguma coisa para ele. Outra que me substituiu.
-Nada disso. Nem era para mim estar aqui. Ele pediu para que eu guardasse segredo. Cheguei a jurar para ele que não te contaria. Então, estou depositando toda a minha confiança em você. Ele não quer te machucar. Ele não quer te ver sofrer. Ele te ama mais que tudo e acima de todos, me disse isso a duas semanas atrás. E ele terminou com você por não querer te ver sofrer ainda mais. A 'namorada' era para você ver que ele, supostamente, já havia te esquecido e que era para você fazer o mesmo.
Eu estava muito confusa. Como isso? Ele me ama?
-Ele terminou comigo porque me ama? É isso?
-É.
-E isso tem algum motivo que eu seja capaz de entender?
-Tem. Ele esta com câncer no pâncreas. O câncer já afetou vários órgãos, e por isso é considerado irreversível.
Eu estava chorando desesperadamente. Ele iria morrer. Sim, eu sei que todos vamos morrer, mas eu não esperava isso tão..tão cedo! Eu preferia ter sido trocada por outra que isso. Qualquer coisa a isso! Minha vida iria perder o sentindo.
-Esta vendo, por isso ele não queria que você soubesse. Ele sabia que essa seria a sua reação. Ele te ama muito, não queria te ver sofrer. Ele só se afastou de você para que quando ele morresse, o impacto não fosse tão grande para você. Estar longe de você esta prejudicando ainda mais a ele. A noite, ele começa a falar seu nome, inconsciente. Ele parou de sair desde que terminou com você. Ele prefere sofrer junto com você. Ou sofrer no seu lugar.

domingo, 21 de junho de 2009

Cada vez mais (parte IV)

O silêncio é a mais sincera e complexa resposta que se pode dar. O silêncio nos confirma o que antes era temido. O silêncio nos mostra a verdade. Faz com que paremos e pensemos. É profundo e acalma. Ou faz com que o desespero que antes cobria apenas uma parte do nosso ser tome conta dele inteiro.

Não me importava quem estava no telefone. Será que ninguém se importava mesmo comigo? Tudo bem, quem estava ligando talvez quisesse saber se eu estava melhor. E digo isso com tanta certeza porque nessa cidade qualquer coisa que você faça, dois minutos depois, noventa e sete por cento das pessoas já sabem.E isso talvez seja um dos incontáveis motivos por eu odiar aqui. E, quem estava no telefone, se realmente queria me ver melhor, acho que devia me conhecer o suficiente para saber que falar com alguém agora pioraria ainda mais as coisas, eu seria dominada pelas minhas lágrimas. Então, quem estava no telefone teria que se acostumar com o vácuo. Fosse quem quer que fosse.
O telefone parou. O silêncio tomou conta da casa. E de mim. Era medíocre, egoístico e masoquista, mas eu preferia ficar trancada no meu quarto escuro e silencioso que ir me abrir com alguma pessoa que eu tivesse certeza que iria me ouvir e me aconselhar.
O tempo passou, e o telefone tocou de novo. Agora eu estava totalmente sem forças para me levantar e ir atender, ou mesmo ver se o número era conhecido. Meu travesseiro já estava completamente molhado. Senti que minha cabeça estava pulsando demais, a ponto de explodir a qualquer momento. Eu estava tremendo, mesmo coberta com sete cobertores. Minha garganta doía de tantos soluços. Eu provavelmente estava rouca. Ou sem voz.
Eu sabia que não iria conseguir dormir e que estava agindo como uma perfeita idiota. Mas não tinha forças, vontade ou intenção de fazer diferente. Sim, eu estava sendo exageradamente masoquista.
E de novo o telefone toca.
Eu estava decidida a não atender. Eu não iria atender. Até que alguém tocou a campainha. A, deveria ser importante e a pessoa talvez fizesse parte dos três por cento da cidade que ainda não sabiam do meu caso. Droga, eu teria que ir atender. Ou a pessoa desinformada chamaria a polícia, bombeiro, sei lá, pensando que eu havia morrido.
Coloquei um chinelo e fui descendo os quinze degraus que mais pareciam cento e quinze. A pessoa estava descontroladamente desesperada, não parava de tocar a campainha. Cara, eu estava indo! É tão difícil assim esperar? Tudo bem que já faziam três minutos, mas mais um não iria matar ninguém, poxa! Ou iria? Ok, era melhor eu descer mais rápido. Finalmente, cheguei na porta. Minha aparência não deveria estar nem um pouco boa, porque quando o irmão dele me viu quase teve um ataque de risos.
- Gustavo! - sim, eu estava rouca.
- A cara, você não tem ideia do que aconteceu !
- Era você no telefone ?
- Sim, por que você não atendeu ?
Ok, por que eu não atendi? Porque seu irmão, a pessoa que eu mais amo nesse mundo não se importa nem um pouco comigo.
O silêncio serviu de resposta para ele.
- A, me desculpe por ligar tantas vezes e vir na sua casa agora, no seu estado. E desculpe meu irmão também. Ele não sabe o que está fazendo.
- Como não sabe ? Ficou claro para mim que ele não se importa nem um pouco comigo, que qualquer coisa nesse mundo é mais importante que eu para ele. - quando eu iria aprender a controlar minhas lágrimas? Será que um dia eu iria ?
- É exatamente por isso que estou aqui.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Cada vez mais (parte III)

E de repente você sente que não vai mais aguentar. Que o mundo vai desabar nas suas costas e que você vai ser enterrado vivo. Que o ar vai ficando cada vez mais rarefeito...Até que a base da sua vida definitivamente acaba, e você sabe que é inútil tentar respirar.

Com aquele olhar angelical, o sorriso mais doce de todos ele respirou fundo e com um ar meio irônico me cumprimentou.
-Oi, quanto tempo! Tudo bem?
Como ele conseguia? Ele mentiu, me enganou, me fez acreditar que seria para sempre, deixou meu rosto inchado depois de dias e dias chorando porque ele tinha me abandonado; e agora vem perguntar se está tudo bem. Ah, não. Não está nada bem. Eu ainda te amo, e você sabe disso e fingi não saber. Eu passo o dia pensando em você, totalmente fora do mundo que o meu corpo está e do mundo que seria considerado real. Você me engana, faz eu acreditar no seu 'pra sempre', diz que me ama e simplesmente me esquece. Não, não está nada bem.
-Oi, é, muito tempo mesmo - duas semanas,desde que tudo havia acabado - É, tá tudo bem. E com você ?
Nessa hora eu percebi que a Júlia saiu da loja, talvez para nos dar mais privacidade.Não consegui juntar as forças - nem as palavras - suficientes para dizer tudo o que eu estava pensando.
-Bem. A, eu tenho que ir. Minha namorada está me esperando. Tchau !
Opa. Namorada?
-Tchau.
Eu percebi que meus olhos ficaram vermelhos. E foram se inchando. Até que eles não suportaram mais e as lágrimas escorreram pelo meu rosto, borrando o lápis preto e fazendo com que algumas pessoas curiosas olhassem para mim. Peguei duas peças de roupas, sem ao menos saber o tamanho ou a cor deles e entrei no provador. Fechei os olhos e comecei a chorar em silencio. Minhas mãos começaram a tremer, eu comecei a ver as coisas rodarem. Eu não podia desmaiar lá, e no meu estado. Respirei repetidas vezes, ofegante. Tudo parecia ter voltado ao normal. Abri meus olhos, me olhei no espelho. Tenho a mais plena certeza de que se uma criança me visse no estado que eu estava ia se assustar e sair correndo. E talvez, não só crianças.
Consegui tirar toda a maquiagem do rosto e arrumar meu cabelo. Sai do provador e olhei que horas eram. Nove e quinze. Iríamos embora as onze. Fui procurar a Júlia. Ela estava com os outros, eles haviam decidido ir embora mais cedo. Ou eu tinha muita sorte ou a Júlia desconfiou do que aconteceu e contou para eles.
Me deixaram em casa. Arranquei as sandálias e joguei-as em qualquer lugar. Corri para o meu quarto e o telefone tocou.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Cada vez mais (parte II)

Talvez sair fosse realmente a melhor solução. Talvez ver pessoas felizes me faria bem e eu esqueceria que você existia. Talvez tudo isso tenha sido um pesadelo e eu iria acordar. Talvez não.

Se eu ficasse dentro de casa eu corria um grande risco de agir por impulso e fazer alguma besteira. De talvez ligar para ele e dizer tudo o que eu estava sentindo ainda na esperança de que ele viesse me salvar, de que ele dissesse que estava arrependido. Em quanto eu tinha consciência dos meus atos e suas devidas consequências, achei melhor aceitar os convites e sair. Pelo menos assim eu tinha mais uma chance de me distraír e esquecer dele.
Liguei para a Larissa, querendo saber se o convite ainda estava de pé. Sim, estava. Eles iriam sair em meia hora e passariam em casa. Corri, tomei um banho, troquei de roupa. Meu cabelo estava bem mais apresentável que de manhã. Aproveitei e deixei ele solto mesmo. Quando terminei de calçar as sandálias, a campainha tocou. Peguei minha bolsa, e desci a escada correndo, mesmo sabendo que não era necessário e que as chances de eu cair e piorar ainda mais as coisas eram grandes.
Abri a porta, Larissa, Júlia, Tiago, Lucas e Felipe estavam do lado de fora me esperando. Me desculpei por só confirmar de última hora, e entrei no carro com eles. O clima era bem leve, diferente do qual eu estava vivendo há duas semanas. Por um momento esqueci de tudo, e comecei a rir. Todos olharam para mim, sem entender o motivo do riso. Para falar a verdade, nem eu sei qual foi. Mas naquele momento eu me senti incrivelmente bem. Foi apenas por um momento. Depois eu me lembrei qual era o motivo principal de minha presença lá e o clima ficou mais pesado.
O carro parou no shopping, descemos. O movimento lá era claustrofóbico. Nos separamos e definimos um horário para nos encontrarmos.
Fui com a Júlia ver uma loja de roupas, e quando olhei para o lado ele estava lá, me olhando. Fiquei paralisada por um momento, até que ele tomasse a iniciativa e me chamasse.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Cada vez mais (parte I)

Eu acreditava que com o tempo iria me esquecer de você. Que somente o tempo seria necessário para esquecer que eu te amava e que eu precisava de você. De você do meu lado, como antes. E que eu me esqueceria de todas as suas mentiras. Agora percebo, quanta esperança, quanta infantilidade!

Quando eu abri meus olhos, tive plena consciência de que esse seria mais um dia sem você. Consegui reunir forças suficientes para pelo menos me sentar na cama. E levantei.
Troquei de roupa, tentei deixar meu cabelo o mais apresentável possível, não obtive muito sucesso. Com a chuva o efeito da chapinha seria contrário. Prendi o cabelo em uma trança e fui na cozinha. Abri a geladeira. Mas você não estava lá dentro com seus braços estendidos dizendo que se arrependeu de tudo e me pedindo para ficar com você, que isso era o que você mais queria; como nos meus sonhos. Droga, você realmente não estava lá.
Eu precisava ocupar a minha cabeça com algo. Você me deixava transtornada. Minha mente ligada a você.
Saí. Não sabia direito onde iria, mas mesmo assim saí. Andando pelas ruas, vendo casais se abraçando. Novamente me lembrei de você. Tudo me levava a você. Tentei me concentrar na música que tocava no meu Ipod. Agitada demais para meu estado de espírito. Eu ainda não sabia onde ir. Já estava andando há uma hora e meia.
Decidi ir para o clube. Lá eu encontraria alguma coisa para fazer.
Mais uma hora de caminhada. Já era hora do almoço, eu não estava com fome. Cheguei no clube e me deparo com mais casais de abraçando. Não aguentei. Tinha plena consciência quando saí de casa que veria isso. Mas parecia que o mundo inteiro dizia 'Hey, ele não te ama. Ele não está aí do seu lado te abraçando.' Já era demais. Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. Só me dei conta disso quando uma pessoa tocou minhas costas e perguntou se estava tudo bem. Eu não conhecia quem era, apenas respondi que estava, obrigada. A mulher não estava convencida, mas acho que entendeu qual era meu problema quando viu que eu estava sozinha no parque lotado de casais. Ela se afastou e deu um sorriso.
Eu tinha que voltar para casa. Lá pelo menos eu poderia chorar sem que as pessoas tivessem pena de mim. O caminho foi doloroso mais uma vez.
Consegui chegar em casa sem derramar nenhuma lágrima. Deitei e dormi.
Quando acordei, já eram oito oito horas da noite. No meu celular tinham vinte e duas ligações perdidas e treze mensagens. Todos me chamando para sair. Todas de meus amigos, nenhuma dele.
Ok, seria esperar demais uma mensagem dele. Mas como qualquer garota apaixonada eu tinha esperanças.